Recuperação e manutenção de baterias de empilhadeira

As empilhadeiras elétricas elevam a produtividade nos centros de distribuição das empresas. São departamentos que requerem operações seguras, aproveitamento máximo dos espaços e dos recursos, e onde a velocidade e a qualidade do trabalho contribuem efetivamente para que a empresa atenda às demandas do mercado.

A utilização de empilhadeiras elétricas para o bom desempenho de uma gestão logística se transforma num gargalo, à medida que o descarte das baterias de empilhadeira não é feito corretamente. Assim, a logística reversa se torna unânime para a manutenção da qualidade dos processos nessas empresas ou indústrias.

O descarte de baterias elétricas tracionárias gera um grande volume de sucata após o seu esgotamento de vida útil, que dura de 5 a 6 anos, dependendo da forma que foi utilizada. A sua utilização correta pode garantir uma vida útil maior e, consequentemente, protelar esse descarte.

Mantenha a vida útil das baterias

Veja a seguir algumas maneiras de evitar que o tempo de utilização da bateria de empilhadeira diminua:

  • antes de ligar a empilhadeira, verifique se a bateria está totalmente carregada. Geralmente, a bateria dura até 1500 cargas;

  • mantenha um cronograma diário de carregamento da bateria se a empilhadeira for usada diariamente;

  • verifique se o nível de eletrólito está correto e acrescente água destilada conforme for necessário;

  • faça uma equalização (também pode ser chamada de carga de semana ou carga semanal) entre cada 5 ou 10 cargas;

  • conte com um suporte especializado para dirimir qualquer problema;

  • atente-se à movimentação feita pelo operador da empilhadeira, pois esta também interfere na necessidade da frequência do carregamento;

  • não conecte a bateria antes do aviso de luz sinalizar para não sobrecarregá-la.

Recupere-as se necessário

Pode-se recuperar a vida útil das baterias ou até mesmo agir de forma preventiva por intermédio da sua dessulfatação, que consiste no recebimento pelas placas de bateria de correntes elétricas baixas e programadas para cada nível de desgaste de carga feita por um dessulfatador.

O nível de desgaste é identificado através de outro equipamento chamado descarregador.

O processo de dessulfatação é acompanhado pelo técnico de manutenção de baterias, que analisa entre 6 a 18 horas a situação da mesma, por gráficos e medições de densidade, de corrente e capacidade. Neste processo, a bateria jamais poderá sofrer aquecimento.

O chamado “vício de bateria” ou perda de autonomia ocorre, pois o carregador identifica apenas a tensão, e não a corrente das baterias, não sofrendo, assim, a sua recarga total. Com isso, as placas sofrem a chamada cristalização, motivo pelo qual quase 80% das baterias são condenadas.

Este procedimento é recomendado após o primeiro ano de uso da bateria nova com frequência mínima de uma vez ao ano. Após o terceiro ano, recomenda-se a dessulfatação duas vezes por ano.

Economize na sua utilização

A melhor forma de economizar é ficar atento aos cuidados de manutenção e de manuseio da empilhadeira. As baterias podem chegar a até 40% do custo total da empilhadeira, e evitar a troca constante das mesmas pode significar uma grande economia para a empresa.

Usar baterias em países de alta temperatura também pode acarretar desgaste. Com o aumento da temperatura global, as baterias em carga e/ou descarga sofrem constante elevação.

A crise econômica também alterou a relação das empresas que usam as baterias com as que produzem: houve aumento das manutenções preventivas e corretivas, em detrimento da compra de baterias novas.

Por esse motivo, as empresas prestadoras de serviços de manutenção em bateria sofrerão alta significativa com esse aumento, e, consequentemente, as baterias terão maior autonomia e vida útil nas operações.

Descarte-as de forma correta

Apesar de uma utilização correta das baterias tracionárias, em algum momento de sua vida elas não poderão mais ser recarregadas ou recuperadas e, assim, precisarão ser descartadas.

Baterias elétricas são uma ameaça ao meio ambiente quando descartadas de maneira incorreta. Elas contêm em sua composição química metais pesados, como o chumbo, o mercúrio e o níquel. Essas substâncias podem ameaçar os ecossistemas e oferecer riscos à saúde humana.

De acordo com a resolução n.º 257, de 30 de junho de 1999,

“as pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.”

Ainda de acordo com a mesma portaria, os fabricantes das baterias deverão:

  • conduzir estudos para substituir as substâncias tóxicas potencialmente perigosas, ou reduzir o teor das mesmas até os valores mais baixos viáveis tecnologicamente;

  • processar a reciclagem de forma tecnicamente segura e adequada, com o objetivo de evitar riscos à saúde humana e ao meio ambiente, principalmente no que tange ao manuseio dos resíduos pelos seres humanos, filtragem do ar, tratamento de efluentes e cuidados com o solo;

  • destruir com a queima as baterias caso não haja meios de reciclá-las, de acordo com as condições técnicas previstas em lei.

O descarte desses produtos não pode ocorrer:

  1. com o lançamento “in natura” a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais;

  2. com a queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou equipamentos não adequados;

  3. com o lançamento em corpo d’água, praias, manguezais, terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades subterrâneas em redes de drenagem de águas pluviais, esgotos ou em áreas sujeitas à inundação, de eletricidade ou telefone, mesmo que abandonadas.

Cabe às empresas que utilizam o produto evitar ao máximo o descarte das baterias para empilhadeiras. Além disso, o consumidor deve utilizar produtos somente das empresas que realizam o descarte de forma não agressiva ao meio ambiente.

Gostou de saber sobre baterias de empilhadeira e quer saber mais sobre outros assuntos logísticos? Assine agora mesmo a nossa newsletter e receba novidades diretamente em sua caixa de entrada!

Navegação

Últimas Postagens

Temos a solução ideal para sua empresa!