A capacidade residual refere-se à capacidade máxima da carga que uma empilhadeira pode elevar. Ao erguer a mercadoria é importante levar em conta o centro de gravidade da carga, ou seja, evitar que o equipamento possa tombar. E como isso pode acontecer?
De fato, os equipamentos são calculados para que obtenham capacidade de equilíbrio, onde é considerado a distância da mercadoria com a da base do garfo.
À medida que a empilhadeira eleva a carga, o peso dos garfos faz com que o equipamento seja projetado para frente e desloca o ponto central do equilíbrio. Além disso, quanto mais alto se eleva a mercadoria em uma empilhadeira, maior será sua projeção de peso para frente e menor é a capacidade residual da empilhadeira.
Podemos citar como exemplo o modelo da PT 1654, que possui capacidade nominal de 1.600 kg, elevando a carga em até 2,9 m, mas sempre levando em conta: a distribuição da carga no palete e o centro da carga em 600 mm. Quando a capacidade residual está acima de 2,9, a mesma começa a cair, podendo chegar a 600 kg e 5,4m de altura. Então se o palete estiver 300 mm projetado à frente dos garfos com 900 mm, a capacidade de carga do equipamento é alterada de 1.600 kg para 1.000 kg até 2,9 m, sempre observando a carga distribuída no palete e o centro de carga em 900 mm. Acima de 2,9 m a capacidade residual começa a cair, até chegar a 100 kg em 5,4 m.
Sendo assim, é fundamental calcular o peso da carga de acordo com a elevação que o equipamento vai realizar, evitando assim acidentes.
Quais os fatores que precisam ser analisados referentes a capacidade residual do equipamento?
Antes do uso da empilhadeira, verifique sempre o manual do fabricante e confira a quantidade de peso que o equipamento suporta. Sendo assim, para uma operação segura alguns fatores precisam ser analisados:
- elevação;
- comprimento dos garfos;
- centro da gravidade;
- modelo da empilhadeira;
- extensão do mastro.
Além da pesagem de carga, todos os fatores citados acima precisam ser levados em conta, contribuindo para que os processos logísticos sejam seguros e livres de danos com a carga.
Situações que podem ocasionar acidentes
De acordo com a quantidade de carga residual que uma empilhadeira pode elevar, bem como o treinamento dos operadores para utilizar o equipamento, são situações que interferem diretamente na segurança da operação. Ainda assim alguns pontos podem gerar problemas operacionais se caso a capacidade carga não for respeitada, tais como:
- má distribuição da carga: quando a mesma é disposta em apenas um lado, fazendo com que o centro de carga se desloque para o lado com mais peso;
- elevação máxima da carga: a movimentação se torna mais instável pois o centro de gravidade fica mais alto;
- overhang: também conhecida como carga excessiva, é a carga que ultrapassa a medida do palete;
- carga dinâmica: se trata de produtos como big bags, líquidos, entre outros que podem gerar movimentação do equipamento durante a elevação.
Formato e configuração do equipamento
O equipamento é um dos pontos a serem analisados referente a capacidade máxima de carga, entre elas:
- tipo de mastro;
- largura do chassi;
- peso da bateria;
- tamanho dos garfos;
- tipo de pneus.
Essas características da máquina podem influenciar em seu desempenho e quanto ele pode suportar de carga.
Outro detalhe é que os fabricantes indicam as capacidades de carga residual em cada modelo de equipamento, de acordo com normas internacionais de segurança.
Resumindo
Por fim, podemos dizer que a capacidade residual é quando a gravidade pode ser considerada como atuante sobre o objeto, ou seja, define a capacidade nominal do equipamento para elevar materiais sem risco que o mesmo tombe. Sendo assim, o centro de gravidade depende da distribuição correta de massa sob o objeto e da posição em que ela é depositada com relação à superfície da Terra. Deste modo você garante uma operação segura e aumenta o tempo de vida útil da máquina.
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