Entender como reduzir acidentes com empilhadeiras é importante, pois se trata de um equipamento que, se não for operado por profissionais treinados, pode se tornar perigoso e causar sérios acidentes de trabalhos, processos civis e trabalhistas.
Sabemos que a empilhadeira é um equipamento de trabalho cuja função consiste em carregar e descarregar mercadorias em paletes. Já o operador é o profissional que está diariamente exposto a inúmeras condições adversas. Dessa forma, para que ele e todos ao redor estejam seguros, algumas ações devem ser colocadas em prática quanto à realização da atividade.
Confira, a seguir, algumas dicas de como reduzir acidentes com empilhadeiras, além de exemplos dos acidentes mais comuns com o equipamento e quais problemas a sua empresa pode enfrentar com acidentes de trabalho. Boa leitura!
Quais são as formas de reduzir os acidentes com empilhadeiras?
1. Conte apenas com operadores certificados
A Norma Regulamentadora – NR11 estabelece os requisitos de segurança e treinamento específico para todo trabalhador que operar ascensores, elevadores de carga, guindastes, empilhadeiras, guinchos, esteiras rolantes entre outros.
Portanto, ela é obrigatória para o operador de empilhadeira que depois do treinamento — e se considerado apto — recebe uma carteirinha contendo nome completo, foto e data do exame médico. Também é recomendado que o operador tenha Carteira Nacional de Habilitação (CNH), pois a experiência em dirigir automóveis é essencial.
Os operadores estão diariamente expostos a perigos e precisam ter plena consciência e responsabilidade ao operar a empilhadeira. Colocar um trabalhador inabilitado para executar esse trabalho além de infringir a NR11 é assumir um risco muito grande.
2. Realize a manutenção preventiva das empilhadeiras
É muito importante fazer a manutenção preventiva das empilhadeiras. Oriente também os operadores a verificar o estado da máquina antes de iniciar seu trabalho.
Nas inspeções diárias deve-se verificar:
- freios, direção, embreagem, câmbio e pneus;
- buzina e alarmes;
- luzes indicadoras dos painéis de controle e operação;
- equipamentos de segurança;
- mangueiras, correias e cabos;
- mastro e garfos;
- vazamentos em sistemas ou transmissão hidráulica.
Nas inspeções periódicas deve-se verificar:
- falta de recursos de segurança;
- obstruções que bloqueiam a visão do operador;
- parafusos, pinos, porcas e soldas;
- correntes de ventilação;
- inclinação quando a carga é elevada;
- nível dos garfos.
3. Cuide da ergonomia
A Norma Regulamentadora – NR17 estabelece parâmetros que possibilitam a adequação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um maior conforto, segurança e desempenho eficiente.
A promoção da ergonomia no ambiente de trabalho mais do que atender os aspectos legais, proporciona benefícios para as empresas. Ao criar um ambiente confortável e seguro — ergonômico — aumenta-se a produtividade e reduz-se a incidência de acidentes.
Pensando ainda nas atividades com empilhadeiras é importante evitar as seguintes condições:
- corredores estreitos;
- obstruções nos cruzamentos e portas;
- áreas desorganizadas e carregadas de materiais;
- volume de tráfego na área de trabalho;
- rampas com diferentes superfícies;
- condição da doca de carregamento.
4. Promova treinamentos regulares de segurança
A empresa deve promover treinamentos regulares para falar sobre medidas de segurança que devem ser observadas diariamente, transporte de objetos pesados, uso de equipamentos e ferramentas etc.
O operador deve fazer dos treinamentos uma prática habitual na sua rotina diária de trabalho, consciente de que a operação segura evita possíveis danos ao veículo, à sua vida e à vida de terceiros, garantindo a segurança de todos.
Porém, os acidentes no trabalho não ocorrem apenas em função do operador de empilhadeira, mas também dos pedestres, portanto, colaboradores que trabalham ou circulam no mesmo ambiente devem participar dos treinamentos para que a segurança seja garantida.
5. Promova a segurança como parte da cultura organizacional
A importância da cultura de segurança nas organizações é fundamental para a prevenção de acidentes. A legislação da segurança do trabalho é bem rígida e as multas e punições aplicadas — às empresas que não cumprem — pelo Ministério do Trabalho são bem severas.
Dessa forma, muitos gestores já estão percebendo que mais do que atender à legislação, a atenção à segurança do trabalho deve ser uma ação estratégica com o objetivo de fortalecer a equipe e promover o crescimento sustentável da empresa.
Quais os acidentes mais comuns envolvendo empilhadeiras?
Caso você não siga corretamente as dicas apresentadas anteriormente, vários acidentes podem ocorrer durante a operação das empilhadeiras. Confira, abaixo, os mais comuns.
Tombamentos
Os tombamentos podem acontecer em virtude da negligência tanto do operador quanto dos encarregados e gestores do local. Isso porque uma empilhadeira vira, principalmente, quando há um excesso de peso nas paletas.
Além disso, o acidente também pode ocorrer quando são realizadas manobras imprudentes, por falta de experiência do motorista ou mesmo por obstáculos no caminho. De qualquer forma, um tombamento pode machucar gravemente tanto o condutor quanto pessoas ao redor da empilhadeira.
Atropelamentos
Se os tombamentos são situações complicadas, os atropelamentos são questões ainda mais graves. Como é possível pressupor, esse tipo de acidente acontece quando um pedestre é atingido diretamente por uma empilhadeira.
As causas do incidente podem ser várias: distração, ponto cego da empilhadeira, falta de sinalização, perda de controle do equipamento por parte do condutor etc.
Colisões
As colisões podem acontecer tanto contra outras empilhadeiras quanto contra paredes, barreiras e paletes. Esse tipo de situação ocorre muito em razão do ponto cego que o equipamento tem, assim como os automóveis.
Quais problemas a empresa pode enfrentar quando ocorrem acidentes de trabalho?
Chegou o momento de entender quais as consequências a sua empresa pode enfrentar caso ocorram acidentes de trabalho com as empilhadeiras. Confira.
Paralisação imediata das atividades
De imediato, a principal consequência para a empresa é a paralisação das atividades. Isso porque, ao acontecer um acidente, todos os colaboradores ao redor deixam suas funções para ajudar o colega ou mesmo observar o ocorrido.
Ainda que nada de grave tenha acontecido, muitos processos deixarão de ser executados em razão do acidente.
Pagamento de multa
Quando um acidente de trabalho ocorre, além de prestar toda assistência ao seu funcionário no momento, a empresa tem até o 1° dia útil seguinte para comunicar a situação ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Caso essa norma seja descumprida, a empregadora fica sujeita a pagar multas estipuladas pelo governo.
Maior valor do INSS
Todas as empresas recebem uma classificação de risco de acordo com suas atividades preponderantes. Caso acidentes de trabalho ocorram repetidamente, o nível pode aumentar de leve para médio ou até mesmo grave.
Entre outras coisas, o aumento da classificação significa um acréscimo no valor do INSS recolhido pela empresa, com a extinção do custeio das despesas de acidente de trabalho.
Pagamento de salário e impostos
Caso o funcionário sofra um acidente de trabalho e fique afastado por até 15 dias, a empresa deve arcar com o salário normal do colaborador.
Por outro lado, se o período ultrapassar duas semanas, o trabalhador é enviado para a perícia do INSS, mas com a empresa ainda sendo responsável pelo recolhimento do FGTS. Ou seja, além de contratar um novo profissional, a organização deve continuar a contribuir com os impostos obrigatórios.
Observando essas dicas de como reduzir acidentes com empilhadeiras na prática e entendendo quais são os acidentes mais comuns, bem como as consequências diretas, com certeza, a sua empresa vai se prevenir da melhor maneira e evitar qualquer tipo de situação indesejada.
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